Dependência

De acordo com a classificação da OMS, é de leve a moderado o potencial para a maconha induzir dependência. É bem menor do que o álcool e heroína. A maioria dos consumidores dominam o impulso de usar a droga quando não têm a sua posse, sendo rara a busca desesperada a qualquer custo. O fenômeno é mais intenso quando se trata de usuário de haxixe.

A interrupção do uso prolongado de preparações potentes da maconha podem causar: mal estar, irritabilidade, depressão, insônia, perda do apetite, ansiedade, cansaço exagerado, dores abdominais, náuseas, palpitações, queda de pressão, dores musculares e tremores no corpo. Esses sintomas acentuam-se na primeira semana e persistem por um mês ou mais.

Tolerância

A tolerância à maconha se desenvolve quando os indivíduos são expostos a altas doses, uso freqüente e durante período prolongado de tempo.

Tratamento do abuso de maconha

O abuso da maconha deve ser tratado como o das outras drogas. As pessoas que abusam devem, principalmente, contar com o suporte psicológico daqueles que os cercam (amigos, família, etc.) e de profissionais da área médica.

Em muitos países estão se desenvolvendo inúmeros programas (estatais, escolares, associações civis) de prevenção ao abuso da maconha. Esses programas ensinam as pessoas a se tornarem mais seguras e não usarem as drogas como forma de escapar de seus problemas.

Epidemiologia

Seu uso era freqüente entre as classe mais baixas e mais tarde foi difundido entre jovens de todas as classes. Nos últimos anos tem havido um aumento na tendência de consumo de maconha entre os alunos de 1o e 2o graus de 10 capitais brasileiras, conforme os dados do Cebrid (Centro Brasileiro de informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo). De 87 para 89, houve aumento relativo de consumo de 21% e de 89 para 93 de 32%.

O Projeto Educativo e Preventivo sobre Drogas Psicotrópicas, da Fundação Universidade do Rio Grande, realizou diversos levantamentos sobre o uso de drogas psicoativas, dentre os quais destacam-se os realizados com estudantes de 1o e 2o graus da cidade do Rio Grande (FURG) nos anos de 1990 e 1995, e concluiu que houve uma diminuição no consumo de maconha entre estes estudantes, de 37,2% em 90 para 30,32% em 95. Também realizou um levantamento com os estudantes da FURG no ano de 1995, e constatou que (com exceção do álcool e tabaco) a maconha foi a droga mais consumida, pelo menos uma vez na vida, entre os universitários, com uma prevalência de 26,9%.